Surfe: Confira as principais regras e um pouco da sua história

Surfe: Confira as principais regras e um pouco da sua história

Renan Renan 30 jan 2022

Uma das modalidades que o Brasil teve destaque nas Olimpíadas de 2020, realizadas em 2021, foi o “surf”. O brasileiro Ítalo Ferreira trouxe para casa uma medalha de ouro e encheu os brasileiros de orgulho. Apesar da torcida e de ser praticado ao longo do litoral brasileiro, o surfe ainda é um esporte com baixa popularidade, quando comparado a outros.

Boa parte do público se quer sabia como funcionava o esporte, ao torcer pelos surfistas brasileiros no ano de 2021. Vamos, então, surfar um pouco na onda dessa modalidade, saber mais sobre a sua história e aprender sobre suas regras.

Surfista
Surfista

O esporte

Ao falarmos em surfe, temos que ter em mente que se trata de um esporte radical praticado no mar e, basicamente, o objetivo é se manter em pé em uma prancha que desliza entre as ondas e, também, realizar saltos e manobras. A origem do seu nome vem do inglês “surface”, que significa “superfície”, fazendo uma referência direta ao local onde é praticado o esporte, a superfície marítima. 

A origem do “surf” no mundo

Há poucos registros sobre como e onde surgiu o esporte. Porém, a teoria mais defendida é o surfe ser originário das Ilhas Polinésias, um conjunto de ilhas no pacífico. Acredita-se que os pescadores adquiriram o hábito de voltar para a praia utilizando tábuas de madeira, que deslizavam nas ondas e, posteriormente, isso se tornou um hábito desses povos. 

Entretanto, foi no arquipélago do Havaí que o surfe se tornou uma cultura, começando a ser praticado como esporte. Em 1778, os europeus chegaram às ilhas e, bem como os outros traços da cultura local, passou a ser conhecido. No início do século XX, o interesse pela prática no esporte começa a ressurgir. Durante a década de 50, o surfe ganha muita popularidade nos Estados Unidos, principalmente na Califórnia. A partir de 1960, o surfe tornou-se um esporte profissional e, nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, teve sua estreia olímpica.

Surfe no Brasil

Segundo historiadores, o primeiro a surfar no Brasil foi Thomas Rittscher, por volta de 1930. Ele construiu sua prancha seguindo um modelo de uma revista dos Estados Unidos que ganhara de seu pai. Em 1938, outros dois nomes ganham destaque, Osmar Gonçalves e Juá Haffers, que também construíram suas próprias pranchas e passaram a se aventurar nas ondas das praias de Santos.

Durante os anos 50, com a grande popularização do esporte na América do Norte, aumentou também o número de turistas que visitavam o Brasil para praticá-lo. Unindo o esporte já difundido em sua cultura, com o maravilhoso litoral brasileiro, muitos estrangeiros passaram a surfar, sobretudo no litoral carioca. Além disso, alguns brasileiros que iam ao exterior também conheciam e se encantavam com a cultura do surfe. Eles traziam para casa não só pranchas, como, também, a vontade de ingressar nesse estilo de vida e praticar o esporte.

Em 1965, no Rio de Janeiro, temos o registro do primeiro campeonato profissional de surfe realizado no Brasil. Já na década de 70, o esporte cresceu num ritmo acelerado, e a sua explosão ocorreu nos anos 80, com a participação de empresas relacionadas ao surfe e o apoio da mídia.

Porém, verifica-se que a popularidade do esporte muito se limita ao litoral, o que faz sentido, afinal é onde ele pode ser praticado. E, apesar de possuir um extenso litoral, o surfe não é tão popular quanto deveria no Brasil. Isso se mostra quando observamos o surgimento de dúvidas do público que acompanhou a modalidade nas Olimpíadas em 2021.

Regras do “surf”

E, para você conhecer e ficar “por dentro” desse esporte, temos algumas regras básicas que são listadas e difundidas pelos praticantes:

  • O surfista mais próximo do pico da onda, tem a preferência. Ou seja, se dois surfistas realizarem manobras na mesma onda, aquele mais próximo do local onde ela quebra, leva a pontuação relativa aquela onda;
  • Um surfista jamais deve entrar em uma onda em que outro esteja entrando;
  • Não se deve soltar a prancha, para não causar acidentes, o atleta deve sempre segurá-la;
  • Caso haja uma fila para pegar uma onda, aquele que espera há mais tempo, tem prioridade;
  • Não ficar se reposicionando para ter o direito à onda sobre outro surfista;
  • Após pegar uma onda, um surfista não deve remar na direção onde as pessoas estão surfando.

Em competições oficiais, o principal objetivo para o surfista é se manter na onda pelo maior tempo possível, e realizar o maior número de manobras. Cada competição pode adotar um regulamento próprio, bem como definir o formato em que ocorrerá a disputa. 

Vamos ver, então, como funcionou a modalidade durante os jogos olímpicos de Tóquio.

Cada competidor teve o tempo de 30 minutos para surfar, no limite de até 25 ondas. Em cada onda, o surfista realiza as manobras que forem possíveis, sendo julgado por um grupo de cinco juízes. Os juízes, então, atribuem a cada onda surfada uma nota, seguindo critérios de dificuldade, variedade, velocidade, combinação e inovação nas manobras realizadas. As notas vão de 0 a 10, de todas as ondas que o atleta conseguir surfar durante o seu tempo, são somadas as duas maiores notas para obter sua pontuação final.

Principal surfista do Brasil

Durante as Olimpíadas de 2020, o brasileiro Ítalo Ferreira conquistou a medalha de ouro no surfe masculino. Porém, o nome mais popular do esporte em território nacional ainda é o de Gabriel Medina. Com algumas controvérsias, Gabriel amargou um quarto lugar durante os jogos Olímpicos de Tóquio. Mas, Medina ganha destaque por ser o primeiro brasileiro a conquistar um mundial de surfe, isso em 2014. No ano de 2018, o atleta conquistou pela segunda vez a competição, e ele também possui um vice-campeonato. Medina também lidera o atual ranking da WSL, a World Surf League (WSL).

Recorde do surfe

Para finalizarmos, vamos agora falar sobre uma curiosidade, o recorde de maior onda surfada registrado.

A WSL atribui o maior recorde de onda surfada a uma mulher, a brasileira Mayra Gabeira. O registro é de que ela surfou uma onda de 23,5 metros de altura, superando o recorde anterior, de 20,7 metros, que também era dela!

Já entre os homens, o atual registro de maior onda surfada pertence ao também brasileiro Rodrigo Koxa. Em 2017, o atleta surfou uma onda de 24,4 metros de altura. Porém, o surfista português António Laureano e o também brasileiro Lucas Chumbo aguardam análises e uma medição oficial de ondas que surfaram e poderiam ter quebrado o recorde de Rodrigo.

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