Os Fatos Mais Marcantes da História do Grêmio
Um fato marcante da história do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense está ligado à sua tradição “hincha platina”, que engloba os torcedores da região do Rio da Prata, formados por uruguaios, argentinos e, obviamente, brasileiros.
Isso confere à torcida a passionalidade, fidelidade e lealdade que talvez não possam ser comparadas às de nenhum outro clube brasileiro.
Confira mais sobre:
História do Grêmio
O seu nome, “Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense”, não deixa dúvidas de que aqui a inspiração foi mesmo a inglesa, que no início da criação do clube (a 15 de setembro de 1903) se revelava inclusive nas cores da sua bandeira – claramente inspiradas nas da “Terra da Rainha” – , até que, movidos por certo patriotismo, o clube se visse obrigado a mudar.
O Grêmio também é conhecido como o “Tricolor dos Pampas”, o “Imortal Tricolor”, o “Tricolor Gaúcho” e o “Rei de Copas” – nesse último caso devido à sua tradição em disputas pelo formato “mata-mata” (com um jogo dentro e outro fora de casa), e que ao final quase sempre termina com o tricolor avançando de fase.
Segue, portanto, uma lista com algumas das principais curiosidades e fatos interessantes acerca da história do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Um clube que, entre outras coisas, chama a atenção pelo engajamento e fidelidade da sua torcida.
Receba Novidades
Veja 6 fatos sobre a história do Grêmio!
1. O curioso começo
Muitos não sabem, mas o primeiro clube criado no Brasil é gaúcho, o Sport Club Rio Grande, nos idos de 19 de julho de 1900. E o Grêmio, curiosamente, foi criado após um empresário do estado encantar-se com o novo espetáculo. E o mais curioso ainda é que ele era, pelo que se diz, o dono da única bola que existia na cidade!
Obviamente, devido a isso, era ele quem tinha o melhor “pré-requisito” para, numa reunião em um restaurante local, propor a criação de um time de futebol.
Já uma versão mais aprofundada do caso conta que após o esvaziamento da bola durante um jogo do Rio Grande, o empresário, que atendia pelo nome de Cândido Dias da Silva, aceitou emprestar a sua em troca de que lhe fossem dadas todas as instruções de como montar um time.
Dava-se, assim, então, o “pontapé” inicial para a criação do Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense.
2. A torcida mais engajada
Corintianos, flamenguistas, palmeirenses, são-paulinos... Nenhum desses se lhe comparam quando o assunto é torcida.
A torcida da do Grêmio é a mais engajada e fanática do Brasil. Pelo menos de acordo com alguns estudos e pesquisas, como a da Pluri consultoria, que entrevistou 10.000 torcedores em 2016, pedindo que eles se definissem como fanáticos, simpatizantes, torcedores ou indiferentes quanto aos seus times. E não deu outra, a torcida gremista foi insuperável!
E mais: na pesquisa descobriu-se que a torcida era a mais engajada, a que mais conhecia sobre a sua história, além da mais disposta a comprar ingressos e produtos do clube.
Isso sem contar o fato de o Grêmio ter o segundo maior número de sócios em dia com os pagamentos – cerca de 146.500 torcedores – , de acordo com dados de 2018.
3. A “Batalha dos Aflitos”
Sem dúvida, um dos fatos mais marcantes da história do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense foi o seu rebaixamento no ano de 2005. Era como se uma uma bomba atômica tivesse caído sobre as costas do clube que, há pouco mais de 2 anos, havia completado 100 anos – inclusive escapando do rebaixamento na última rodada.
O ano de 2004 chegou como se despediu o de 2003, com o clube afundado em dívidas e sem condições de montar um elenco forte. E por isso o “tiro fatal” veio com a queda em 2005.
Na série B, após classificar-se para as finais com extrema dificuldade, mais uma vez o time iria para o último jogo precisando vencer para voltar à primeira divisão.
O que só ocorreria num jogo contra o Náutico do Recife, jogando com 4 jogadores a menos, vendo o adversário ter dois pênaltis a favor (e os perder), e ainda assim conseguir marcar 1 único gol já no segundo tempo, em uma partida que o saudoso Luciano Do Valle eternizaria como “A Batalha dos Aflitos”.
4. A força do clássico
Reza a lenda que o apelido “Grenal” foi dado por acaso, de forma até meio prosaica, pelo jornalista Ivo dos Santos Martins, que queria encontrar uma forma menos trabalhosa de denominar o clássico nos seus textos.
Porém trabalho mesmo quem teve foi o seu arquirrival, o Sport Club Internacional, que no primeiro encontro entre as duas forças teve que ir busca no fundo das redes os 10 gols do Grêmio, na vitória por 10 a 0, em 18 de julho de 1909.
Mas isso são “águas passadas”. Pois hoje a disputa é apertada! Inclusive com direito ao título de “Maior Clássico do Brasil”, de acordo com a revista inglesa “FourFourTwo”, que em 2016 elencou os 50 clássicos com maior rivalidade nos seus estados.
5. A primeira “Calçada da Fama”
Sim, a primeira “Calçada da Fama” do futebol brasileiro é gremista! E sem dúvida isso é um dos fatos mais marcantes da história do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.
A calçada está lá desde 1996, para homenagear jogadores, dirigentes e os capitães das principais conquistas do clube, como Emerson Leão, o meio-campista Tcheco, Paulo Nunes, Jardel, Ronaldinho Gaúcho, o Patrono Fernando Kroeff, o ex-presidente Hélio Dourado, entre diversos outros nomes.
6. As curiosidades em torno da história do Grêmio
Algumas curiosidades e fatos marcantes acerca da história do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense conta-nos que o clube é, por exemplo, o único do Brasil a ter um ídolo campeão da Taça Libertadores como jogador e técnico, Renato Gaúcho.
Foi também o primeiro campeão da Copa do Brasil criada em 1989; e hoje é o maior vencedor, juntamente com o Cruzeiro, com 5 títulos.
Outra curiosidade é com relação à cor vermelha. Para os gremistas, essa aversão tornou-se quase lendária, como quando fez com que a Coca-cola tivesse que criar uma variedade toda ela na cor azul, a fim de que pudesse continuar com a parceria.
Isso sem contar o fato de que todo gremista que se preze sabe que tem, obviamente, o “sangue azul”.
Por fim, sabe-se também que a primeira partida transmitida em cores no Brasil foi entre Grêmio e Caxias em 1972. E que o clube tornou-se um verdadeiro patrimônio nacional ao longo de décadas, com uma das histórias mais vencedoras do futebol das Américas. E por isso mesmo apelidado de o “Imortal Tricolor” dos pampas.