Conheça os Recordes do Campeonato Carioca
Saber os recordes do Campeonato Carioca é conhecer o futebol mais romântico e charmoso do Brasil pelas entranhas, desde que houve a fusão entre a antiga Federação Fluminense de Futebol e a Federação Carioca de Futebol, no ano de 1978, pondo fim às disputas entre o Campeonato Carioca e o Campeonato Fluminense.
A partir de 1979 o campeão carioca ou Campeão Estadual do Rio de Janeiro passou a ser conhecido após as disputa das charmosas Taça Guanabara e Taça Rio, das quais saía um campeão denominado Campeão Carioca de Futebol.
Porém a história do Campeonato Carioca vem de longe! Vem de quando a cidade do Rio de Janeiro ainda era o Distrito Federal, no distante ano de 1906, com a primeira partida sendo disputada a 03 de maio de 1906, no Campo da Rua Guanabara, bairro das Laranjeiras, com o resultado de Fluminense 7 Paissandu 1 – era o “pontapé” inicial de um dos eventos culturais mais importantes do país e do mundo!
Veja mais sobre:
- O campeonato nos dias atuais;
- Os recordes do Campeonato Carioca;
- Além dos recordes;
- As excentricidades do regulamento.
O campeonato nos dias atuais
Hoje em dia, o Campeonato Carioca, além de ter perdido todo o seu charme e romantismo, ainda ganhou em complexidade e confusão, já que no atual formato uma equipe consegue o título mesmo sem ter ganho nenhum turno (a Taça Guanabara ou a Taça Rio); ou mesmo após ter sido campeão de um deles ver todo o empenho e investimento sendo simplesmente jogados pelo ralo.
Mas, controvérsias à parte, o que se sabe é que a competição sustenta-se até hoje graças à paixão das torcidas, que têm nos “quatro grandes” (Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo) a sua verdadeira razão de viver; e pelos quais são capazes de promover verdadeiros shows nos estádios, além de alguns recordes, como esses que veremos ao longo desse artigo.
Os recordes do Campeonato Carioca
Como não poderia ser diferente, o Campeonato Carioca é um torneio de números tão ou mais grandiosos quanto a sua tradição. Basta saber, por exemplo, que o maior público da história do torneio foi o 0x0 entre Flamengo e Fluminense, válido pela final do campeonato daquele ano, que foi testemunhado por cerca de 195.063 pessoas.
O público só ficou atrás mesmo das inacreditáveis 199.584 pessoas do clássico Brasil x Uruguai em 1950. E foi o Flamengo quem sagrou-se campeão daquele ano, em uma das páginas mais marcantes da história do futebol mundial.
Já em quantidade de títulos o Flamengo sai na frente com 35, seguido de perto pelo Fluminense com 31, e de longe por Vasco da Gama e Botafogo (com 24 e 21 respectivamente).
Agora aqui iremos conhecer os recordes de artilharia do Campeonato Carioca. E nesse quesito o craque do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, é insuperável com os seus 284 gols marcados, contra os 239 gols de Zico, seguido bem de perto por Romário, e bem mais distante por Ademir Menezes (o “Queixada”), lendário atacante vascaíno, que marcou 196 gols no torneio.
Esse apanhado com alguns dos principais recodes do Campeonato Carioca ainda deve contemplar os dois únicos tetracampeões da competição, Botafogo (1932-33-34-35) e Fluminense (1906-07-08-09). Além dos campeões invictos Vasco da Gama: 6 vezes (1924, 1945, 1947, 1949, 1992 e 2016) e Flamengo: 6 vezes (1915, 1920, 1979 (especial), 1996, 2011 e 2017).
Entre outros números que não deixam dúvidas tratar-se de um dos eventos mais fantásticos e tradicionais do futebol mundial.
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Além dos recordes do Campeonato Carioca
Apesar de ainda representar algo à cultura futebolística brasileira, ninguém tem dúvidas de que há quase como uma tentativa de acabar com um dos eventos mais importantes para o esporte do país – e até mesmo para a economia como um todo, tal a capacidade que ele ainda tem de mobilizar diversos setores produtivos.
As principais críticas dizem respeito a atual fórmula da disputa, que inclui uma torneio preliminar, seguido de uma disputa em 2 turnos, em que, no final, é possível que um clube que sequer ganhou um turno sagre-se campeão.
A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (a FERJ) estabeleceu que esses dois turnos (a Taça Guanabara e a Taça Rio) sejam seguidos por duas semifinais e uma final com jogos únicos, sem mais a possibilidade de que o campeão dos dois turnos seja o campeão carioca daquele ano.
Bizarro! Essa é a definição mais recorrente da atual fórmula. Que consegue retirar o que ainda resta de força da disputa, que tinha na torcida a sua principal arma secreta, mas que agora se vê, além de desprestigiada, tão ou mais confusa quanto os especialistas, que de forma alguma conseguem entender onde se quis chegar com tal formato.
O resultado? Público cada vez menor e tão desinteressado que até já se coloca em xeque a realização dos próximos torneios, já que uma Taça Guanabara e uma Taça Rio, que agora para nada servem, tornam o campeonato ainda mais obscuro; talvez só beneficiando mesmo os grandes clubes, já que dificilmente deixam de figurar entre os 4 melhores no segundo turno; fase em que realmente as coisas são decididas.
As excentricidades do regulamento
Um dos principais problemas apontados pelos críticos da fórmula é o fato de que os clássicos acabam multiplicando-se durante o torneio, o que acaba tirando-lhes o brilho e a singularidade, que é o que os diferenciam das demais partidas.
Além disso, o campeonato estende-se por cerca de 1/3 do ano, deixando os clubes sem espaço para respirar numa temporada que deve incorporar ainda a Copa do Brasil, Libertadores, Sul-americana e o Campeonato Brasileiro.
Isso sem contar o desprestígio da Taça Guanabara e da Taça Rio, que antes eram disputadas da forma como verdadeiramente deve ser: como campeonatos à parte dentro de uma disputa que, ao final, dará a conhecer o campeão estadual daquele ano.
A simplicidade era a grande marca da disputa! O campeão de um dos dois torneios logo iria para a final; e no caso de ser campeão dos dois, já poderia comemorar o título; que dessa forma coroava a melhor campanha e desempenho ao longo da temporada.
Se o Campeonato Carioca já não possui mais o “glamour” dos anos 60, 70 e 80, que ele pelo menos mantenha-se racional na sua fórmula de disputa; com um sistema mais simples, verdadeiramente competitivo e em um menor número de meses.
Entre outras formas de fazer com que o Campeonato Carioca – que dificilmente voltará a ter o prestígio de outros tempos – continue batendo os seus recordes, e que pelo menos seja rentável, justo e agradável para quem o acompanha.